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Conheça o Observatório Socioambiental do Sudeste do Sul e Sudeste do Pará (OSSEPA), espaço criado para divulgar e discutir questões relacionadas a sociobiodiversidade de uma das regiões mais complexas da Amazônia Oriental.
Por que o Sudeste do Pará?
A definição desse território não deve limitar a sua compreensão, uma vez que se limitam a definições políticas e pouco abrangentes. Estamos majoritariamente na bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins, mas também no Xingu, Pacajá, Acará, Moju e Gurupi
Como reflexo, a biodiversidade é única, lar de muitas espécies raras e ameaçadas, algumas das quais só existem na região.
O Sudeste do Pará possui ocupação humana há mais de 10 mil anos, uma das mais antigas de toda a Amazônia. Atualmente, habitam na região 22 povos indígenas, além de comunidades tradicionais diversas como ribeirinhos, extrativistas, pescadores, quilombolas, quebradeiras de coco-babaçu, povos de terreiro, entre outros, cada qual com sua história e práticas culturais.
Na começo do Século XX, estimulados por diferentes frentes econômicas do extrativismo vegetal, animal e mineral e da pecuária, diferentes grupos chegam na região, entrando frequentemente em conflito com os povos indígenas que já estava lá.
Com a visão de pessoas de fora, foram implementados vários projetos emblemáticos:
A região passou pela construção de grandes rodovias (transamazônia, Belem-Brasília, Cuiabá-Santarem), ferrovias (Estrada de Ferro Carajás), projetos de mineração (província mineral de Carajás e minas de Ferro, Cobre, Ouro, Manganês, Cassiterita, Bauxita), siderúrgicas, garimpos (Serra Pelada e Cumaru), latifúndios, assentamentos da reforma agrária (mais de 500 criados na região!), hidrelétricas (Tucuruí e Belo Monte), além de vários outros projetos planejados como a hidrovia Araguaia-Tocantins, novas minas e hidrelétricas.
Como consequência, o Sudeste do Pará é uma das regiões mais degradadas da Amazônia, com municipios com mais de 80% de desmatamento e quase todos seus rios degradados por poluentes.
Após passar por todas essas situações, o Sudeste do Pará serve como um modelo do que pode se transformar o resto da Amazônia. Entre a egíde do desenvolvimento e o desafios da conservação, os povos e comunidades tradicionais, amparados pela biodiversidade e seus conhecimentos tradicionais, construiram um vastos
Por isso, o desenvolvimento da amazônia, que concilia a conservação ambiental e a diversidade cultural, deve necessariamente olhar e se inpirar nessa diversidade sociocultural existente.
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